quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A Breve Segunda vida de Bree-Tanner

Eclipse é meu livro favorito da saga Twilight (gosto de Crepúsculo, odeio toda a baboseira depressiva de Lua Nova, e Amanhecer considero uma boa história com um climax imbecil). Assim, foi com curiosidade que comecei a leitura de A Breve Segunda Vida de Bree Tanner, que tem o sutil subtítulo de uma história de eclipse.
Confesso que não consigo entender esse meu fraco pelos vampiros que brilham ao sol criados por Stephenie Meyer. As histórias são idiotas, os personagens desinteressantes e totalmente irreais (e nem digo isso pelo fato de termos vampiros e lobisomens entre os personagens e sim porque tomam atitudes idiotas que NINGUÉM normalmente tomaria), a moral mórmão da autora me causa náuseas, mas… Não consigo não ler os livros. Na verdade, a prosa prolixa de Stephenie Meyer me diverte de uma forma que não consigo explicar. #Fail, eu sei, mas real.
Em A Breve Segunda Vida de Bree Tanner, somos reapresentados à Bree do título, que já havíamos conhecido nos capítulos finais de Eclipe: uma vampira recém criada para fazer parte do ‘exército’ de Victória com o propósito de acabar com a vida de Bella. Mas nesse novo livro somos apresentados a um mundo desconhecido por nós. Afinal, como a própria Stephenie diz na introdução do livro, em Eclipse Bree vive apenas 5 minutos do ponto de vista de Bella, a narradora daquela história. Agora temos a oportunidade de conhecer essa parte da história pela ótica de outro personagem.
Recém criada, Bree não entende muito bem o que é ser um vampiro. ‘Brincando’ com os clichês, os recém criados acreditam que o sol pode matar e desconhecem o resto dos vampiros e as regras que regem sua espécie. Como marionetes de Riley, o pau mandado de Victória, sua rotina é apenas a de caçar e brigar uns com os outros, eventualmente tendo alguma parte do corpo arrancada.
Mas Bree é diferente da maioria dos novos vampiros com que convive. Bree consegue pensar em algo mais do que sangue (apesar de a sede ser implacável também para ela) e não entende o comportamento de seus iguais. Por isso, numa noite de caça, se aproxima de Diego, outro recém criado, por quem acaba criando grande ‘afeição’, afinal, Diego parece ser como ela e não encarar as coisas como os idiotas recém criados.
Pouco a pouco, Bree e Diego vão se dando conta de que são apenas peões num jogo de xadrez e é bem interessante acompanhar suas descobertas, como por exemplo, que o sol não os mata e sim os faz brilhar (não consigo aceitar essa idiotice). E, claro, com a mente aberta e sabendo que são manipulados, se vêem em perigo e caminhando para um final que todos que leram os demais livros já conhecem.
Um outro personagem interessante é Fred, um recém criado com a habilidade de manter as pessoas afastadas dele, gerando uma espécie de náusea na pessoa, tornando-se praticamente invisível. E como Fred é o único recém-criado tratado com ‘profundidade’ nesse novo livro que sobrevive, acho que pode ser o próximo a ganhar uma história própria da criadora de Crepúsculo.
O livro diverte e é do tipo facilmente devorado. Eu, por exemplo, terminei suas quase 200 páginas em dois dias. Querendo ou não admitir, a história é envolvente e nos prende desde o início, mesmo que já conheçamos o seu fim. Aliás, esse é o grande problema de A Breve Segunda Vida de Bree Tanner: não podemos nos afeiçoar muito a Bree, afinal, já sabemos que sua segunda vida não dura muito. Mas, enquanto dura, Bree é uma excelente companhia.
A Breve Segunda Vida de Bree Tanner
Stephenie Meyer

Preço Médio: R$ 24,90

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